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  • Foto do escritorForum Aborto Legal RS

Aborto e feminicídio são tema de reunião da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre


Com o objetivo de dialogar sobre como os profissionais psicanalistas podem participar dos debates e ações que atingem diferentes grupos sociais, a Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre realizou um encontro sobre “Violência Contra a Mulher: feminicídio e aborto”.

O tema pautou a reunião do Comitê Psicanálise na Comunidade do último 16 de maio, no anfiteatro da entidade. A médica de Família e Comunidade Camila Giugliani, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e integrante do Fórum Aborto Legal, foi palestrante ao lado da médica psiquiatra e psicanalista Patrícia Lago.

As profissionais discutiram a problemática da violência contra a mulher a partir de dois grandes problemas de saúde pública e de direitos humanos: o aborto criminalizado e o feminicídio. Camila Giugliani falou sobre os dados da alta prevalência do aborto provocado no Brasil e no mundo e os riscos do aborto inseguro, que acontece nos locais onde a interrupção da gravidez é criminalizada.

“Essas duas problemáticas, aborto e feminicídios, são centralmente atravessadas pelo gênero, são marcas da opressão sexista. Mas também a raça e a classe social atravessam essas questões e determinam maior ou menor risco de sofrer violência, adoecer ou morrer. Falamos sobre a maior vulnerabilidade de mulheres negras, indígenas e pobres. E a importância das políticas públicas com foco na equidade de gênero e raça”, explica Camila. A médica também levou ao público a pergunta: as mortes de mulheres por aborto inseguro não são feminicídios? E com o aval do Estado? Ao final da discussão, concordou-se que sim.

O Fórum Aborto Legal acredita que iniciativas como a da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre são importantes para dialogar de forma ampla e pública. Nos últimos anos, as taxas de feminicídio só aumentaram. E o aborto continua sendo uma das cinco causas principais de mortalidade materna. Toda a sociedade é atingida quando mulheres sofrem violência, adoecem e morrem, e há muito a ser feito para melhorar a situação.

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