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  • Foto do escritorForum Aborto Legal RS

Curso “Eu Acolho” discute práticas de prevenção ao aborto inseguro com profissionais de saúde

Profissionais de saúde vinculados ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) participaram do curso “Eu Acolho”, realizado pelo Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde e  Católicas pelo Direito de Decidir, em parceria com o Fórum Aborto Legal do Rio Grande do Sul.  As atividades aconteceram na sexta, 13, no GHC, e sábado, 14, no HCPA, e reuniram cerca de 100 participantes.


O curso teve o objetivo de proporcionar ferramentas práticas e teóricas de apoio à qualificação de profissionais da saúde para o acolhimento de casos de gestação indesejada, identificação das hipóteses de interrupção legal e reconhecimento dos riscos de práticas inseguras, na perspectiva da redução de danos e de óbitos maternos.


“Foi uma atividade muito importante que trouxe uma metodologia de capacitação para a escuta e acolhimento de mulheres que chegam com uma gravidez não desejada. Ambos os hospitais atendem muitas pessoas e são responsáveis por diversas equipes de saúde da família (ESF)”, explicou Claudia Prates, educadora popular da Marcha Mundial das Mulheres e do Fórum Aborto Legal do RS.  Várias questões foram trazidas, como os atendimentos dos casos acima de 22 semanas e a forma como são atendidas e acolhidas as crianças e adolescentes, em especial quando são casos de meninas abaixo de 14 anos, no qual é considerado, por nosso Código Penal, como gravidez fruto de violência sexual (estupro de vulnérável, artigo 217-A do CP) . “Em muitos casos, as meninas são vítimas de violência sexual, porém, em alguns deles, os profissionais de saúde não reportam a violência ou deixam de fazer a pergunta sobre se a gravidez foi consequência de uma violência ou de uma relação consentida”, completa.


Muitos relatos de enfermeiras e médicas/os que atuam nas unidades de saúde ou nos serviços de aborto legal foram compartilhados na atividade, que contou também com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde.  Foram relatadas, por exemplo, a existência de situações que são naturalizadas e que ferem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) como a aplicação de técnicas ultrapassadas em relação ao aborto.


“O debate foi muito rico e a metodologia desenvolvida pelo Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde (CFSS) também incluiu dinâmicas práticas com simulações de casos sobre como acolher e encaminhar situações de gravidez indesejadas e sobre como as pessoas do serviço devem abordar e intervir.”, destacou Renata Jardim, advogada do Cladem e integrante do Fórum Aborto Legal do RS.


Para mais informações sobre o curso, consulte o site https://coletivofeminista.org.br/projetos/eu-acolho/

 




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